Todos sabemos qual é a posição da Igreja Católica em relação ao uso do perservativo. O planeamento familiar, para os casados, não passa pelo uso dos perservativos - ainda não percebi porquê, mas enfim...
Para os não casados, segundo as directivas da Igreja, devem pura e simplesmente abster-se de ter relações sexuais. Não vou discutir esta directiva, nem interessa para o caso que me traz aqui.
Bem sei que a coerência deve ser valorizada, mas não deve ser confundida com teimosia. Quando no continente africano, os casos de SIDA se multiplicam de dia para dia, havendo alguns países que correm o risco de colapsarem por falta de quadros, o Papa vem, mais uma vez reforçar a directiva - Perservativos nunca. Pergunto, onde ficou a sensibilidade humana para com esta desgraça? Creio que anda muito fugidia, quando muito estacionou à porta do Vaticano e não conseguiu entrar.
Felizmente há algumas "ovelhas tresmalhadas" que manifestam grande sensibilidade para o problema e um grande bom-senso. É o caso do Bispo das Forças Armadas, D. Januário Torgal Ferreira, que afirmou: "proibir o preservativo é consentir a morte de muitas pessoas" e ainda "Se a Igreja está ao serviço da vida e da saúde, como pode haver polémica?".
Já o Bispo de Viseu, Ilídio Leandro, vai mais longe e afirmou que "o preservativo não somente é aconselhável, como poderá ser eticamente obrigatório".
Pois é, o maior cego é aquele que não quer ver. Faz pena ver uma Instituição como a Igreja Católica, mais uma vez na História, a abraçar uma causa errada, mais uma vez vai chegar atrasada. E depois? Vai, muito mais tarde, pedir perdão? Pedir perdão, a quem, aos mortos?
Não é uma aberração no mundo de hoje continuar a acreditar na "Infalibilidade do Papa"?
Sem comentários:
Enviar um comentário