Racista? Eu...? Nunca!


Não é preciso ser afirmativo para se ser racista. Basta ficar calado perante uma situação racista. Vejamos o caso de uma tenista judia que foi impedida de entrar no Dubai para disputar um torneio de ténis. Claro, fizeram-se os obrigatórios protestos, mas o torneio continuou e não ouve um único participante que o abandonasse. Como se vê racistas há muitos e o poder do dinheiro ajuda a disfarçar.

No Blog "Caderno de Sociologia" vem relatado o acontecimento. Já agora, alguém ouviu o clamor de protestos na comunicação social? Foi ensurdecedor o silêncio.

"Os sheiks do Dubai ( Emiratos Árabes Unidos) negaram a entrada à tenista israelita Shahar Pe'er, nº 45 do ranking mundial e que ia jogar com a russa Anna Chakvetadze". Porquê? Porque Shahar Pe'er é judia.
Os responsáveis da WTA lamentaram o sucedido mas não suspenderam a prova. Diversas tenistas manifestaram a sua solidariedade com Shahar Pe'er, mas não recusaram participar. Nos meios de comunicação social ocidentais, sempre atentos e prontos a denunciar casos de racismo e xenofobia, o assunto foi quase ignorado. Não houve indignação nem grandes protestos. Como se diz no blogue "O Triunfo dos Porcos" (onde pode ler mais pormenores acerca do caso), "o registo geral foi de tépida condenação".
Se a vítima desta discriminação racista fosse um atleta negro ou árabe as reacções críticas seriam tão moderadas? É duvidoso. Será que o racismo contra os judeus é menos grave? É óbvio que não. Como explicar então essa complacência com a decisão racista das autoridades do Dubai."

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