Aprender, praticando


Nuno Crato publicou, este fim-de-semana 15 de Março, no Expresso, um artigo em que foca a necessidade da prática continuada dos temas estudados para que estes fiquem consolidados. Reproduz-se, de seguida, alguns extractos do artigo.

"Conta-se que, um dia, quando Arthur Rubinstein se passeava pela Sétima Avenida, nas redondezas do teatro, foi abordado por um transeunte perdido, que lhe perguntou como se ia para Carnegie Hall. O grande pianista terá respondido Praticando! Praticando! Praticando!."
"Roediger reconhece a importância da prática de memorização repetida. Tem feito estudos experimentais sobre diferentes maneiras de memorizar o vocabulário de uma língua estrangeira e sobre temas de estudo mais complexos em sala de aula."
"Uma das conclusões mais interessantes dos seus estudos é que os conhecimentos ganham em ser recapitulados e reavivados, mesmo quando estão já memorizados ou assimilados. A ideia muito comum de que, uma vez estudados uns assuntos, o estudante deve progredir para outros, sem revisitar as matérias aprendidas, parece ser errónea."
"Alguns psicólogos, nomeadamente David Geary, que também esteve entre nós há algum tempo, corroboram esta ideia e falam em sobreaprender, dizendo que os estudantes não devem parar depois de terem assimilado o estritamente necessário de determinada matéria, mas devem prosseguir, estudando mais, de forma a reterem o máximo da própria matéria original."

"A avaliação organizada parece ser um factor determinante na consolidação dos conheci-mentos. É importante que o estudante seja avaliado de forma repetida e espaçada. Ao testar os conhecimentos, procede-se a uma recuperação activa da memória, que reforça os conhecimentos. Como diz Roediger "o factor decisivo para a aprendizagem de longo prazo é a introdução de testes" (Science 319, p. 967, 2008)."

           
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