António Aleixo nasceu em 18 de Fevereiro de 1899, em Vila Real de Santo António e faleceu em 16 de Novembro de 1949, em Loulé. Fez agora, em Fevereiro, 110 anos do seu nascimento.
Foi guardador de cabras, cantor popular em feiras, soldado, polícia, tecelão e "poeta cauteleiro".
Era semi-analfabeto, mas deixou obra. Além do livro "Este livro que vos deixo" (recolha possível e compilação das suas quadras avulsas), escreveu "O Auto do Curandeiro" e "O Auto da Vida e da Morte".
É surpreendente a correcção de linguagem que usa, bem como uma filosofia amarga, aprendida, certamente, na dura escola da vida.
Foi criada uma fundação em sua homenagem, "Fundação António Aleixo ", com sede em Loulé, com Estatuto de Utilidade Pública, que atribui bolsas de estudo aos estudantes mais carenciados.
"Vós que lá do vosso Impérioprometeis um mundo novo,calai-vos, que pode o povoqu'rer um Mundo novo a sério."
"Sei que pareço um ladrão...mas há muitos que eu conheçoque, sem parecer o que são,são aquilo que eu pareço."
"P'ra mentira ser segurae atingir profundidadetem de trazer à misturaqualquer coisa de verdade."
"Que importa perder a vidaem luta contra a traição,se a Razão mesmo vencida,não deixa de ser Razão."
"Por que a vida me empurroucaí na lama, e então...tomei-lhe a cor, mas não soua lama que muitos são."
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