"Para os pais dizer "não" é um resquício de autoritarismo que antes condenavam. Só que, assim, deixam o filho entregue à tirania das suas pulsões, sem saber como combatê-las. Fará o seu caminho com condutas cada vez mais provocatórias. E, afinal, os pais podem e devem, dizer "não", sem ter de explicar tudo e mais alguma coisa"
"E quem lida com estas crianças em serviços de Pedopsiquiatria sabe que a essência do artigo é verdadeira.Habitualmente uma percentagem elevada de todas as crianças que são internadas nestes, são crianças que não conhecem as regras básicas da educação, são crianças que fazem tudo o que lhes apetece, a quem os pais deixam fazer tudo, inclusivé não aparentam ter crítica naquilo que fazem no dia-a-dia, acham normal o menino bater nos professores, nos profissionais de saúde, etc. quando não conseguem controlar o menino, porque bate neles também, vão com o menino para as Urgências … por isso se fala tanto em famílias disfuncionais…"
Disse a Ana Henriques:
"Os sistemas familiares são organizados hierarquicamente. De pais para filhos. Se tal não se verificar estamos perante patologia relacional tanto ou mais grave se determinada sintomatologia se instalar num dos membros. Designa-se, a este sujeito, em terapia familiar de PI (Paciente Identificado). Ou seja, um elemento desse sistema exibe o sintoma de patologia do funcionamento familiar. O sistema de comunicação (conteúdo e relação) estão afectados. As consequências são graves para todos os membros do sistema familiar. No caso de crianças e jovens acarretam problemas muito graves e sérios a todos os níveis do seu desenvolvimento.A nível dos sistema escolar, entendido como relação professor-alunos, passa-se exactamente do mesmo modo. O sistema é hierarquizado. De professores para alunos.Se estiver “invertido” é disfuncional.
Gravíssimo.Não existe ninguém do campo da Psicologia, da Saúde Mental que não o saiba e não esteja muito preocupado (…)
É inqualificável o que se está a passar em Portugal!!! Não há palavras."
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